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VERSO, PROSA, POEMA, POESIA E ESTROFE
VERSO, PROSA, POEMA, POESIA E ESTROFE

Verso:

Verso é o ablativo do termo Latim “versus, a, um” que significa “voltado, virado”. A palavra “verso” designa o lado contrário, a página oposta à da frente ou a face interior das folhas das plantas.

Em um poema, o verso corresponde a cada uma daslinhas que o constituem. É o elemento que define a poesia, por oposição à prosa. Um conjunto de versos com sentido completo chama-se “estrofe”.

Os versos dão ritmo, melodia e métrica a uma poesia. Eles podem ser medidos através de técnicas de metrificação e classificadosquanto ao número de sílabas métricas (ou sílabas poéticas). As sílabas métricas são diferentes das sílabas gramaticais.

Em português, a tonicidade das palavras determina o número de sílabas métricas. A contagem dos sons dos versos vai até a última sílaba tônica de cada verso. Exemplo de versos de 7 sílabas (heptassílabo ou Redondilha maior):

Na/que/la/ nu/vem/ na/que/la
Man/do/-te/ meu/ pen/sa/men/to
Que/ Deu/s se o/cu/pe/ do/ ven/to

(Poema do Amor Perfeito - Cecília Meireles)

Os versos tradicionais (regulares) podem variar entre 1 a 12 ou mais sílabas métricas, obtendo a classificação seguinte: monossílabo (uma sílaba), dissílabo (duas sílabas), ..., dodecassílabo (12 sílabas, também chamados de Versos Alexandrinos).

Os versos com mais de 12 sílabas são designados "Versos Bárbaros".

Versos livres (irregulares) são aqueles que não possuem o mesmo número de sílabas no poema, que não seguem uma restrição métrica.

 

 

Prosa

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Prosa é o nome que se dá à forma de um texto escrito em parágrafos. O termo deriva do latim prosa, que significa discurso direto, livre, em linha reta.1 Trata-se da expressão do "não eu"2(ou do objeto3 ), por meio de metáforas univalentes.4 Em um texto em prosa, as metáforas são exploradas com parcimônia, visando criar uma imagem objetiva e concreta da realidade, o que o diferencia do texto poético.4 Porém, a linguagem da prosa não é pura denotação.4 Quando a obra chega ao seu epílogo, e termina a narrativa, a conotação se manifesta fortemente.3Portanto, a prosa faz uso da linguagem denotativa conotativa, ao contrário da linguagem poética, que é predominantemente conotativa.3

"Prosa" pode designar uma forma (um texto escrito sem divisões rítmicas intencionais -- alheias à sintaxe, e sem grandes preocupações com ritmométricarimasaliterações e outroselementos sonoros), e pode designar também um tipo de conteúdo (um texto cuja função linguística predominante não é a poética, como por exemplo, um livro técnico, um romance, uma lei, etc...). Na acepção relativa à forma, "prosa" contrapõe-se a "verso"; na acepção relativa ao conteúdo, "prosa" contrapõe-se a "poesia".

Aristóteles já observava, em sua "Poética", que nem todo texto escrito em verso é "poesia", pois na época era comum se usar os versos até em textos de natureza científica ou filosófica, que nada tinham a ver com poesia. Da mesma forma, nem tudo que é escrito em forma de prosa tem conteúdo de prosa.

 

 

Classificação

Dom Casmurro é um texto em prosa do tipo romance.

A prosa divide-se em dois tipos básicos: a narrativa e a demonstrativa. A prosa narrativa, compreende a histórica e de ficção, enquanto a prosa demonstrativa reúne a oratória e a prosa didática (tratados, ensaios, diálogos e cartas).1

A prosa também pode ser classificada pela função, dividindo-se em narrativa (ou de ficção); argumentativa (tratados); dramática (texto teatral); informativa (livros didáticos, manuais, enciclopédias, jornais e reportagens); e contemplativa (ensaios).1 A prosa considerada literária compreende o conto, a novela, o romance, a crônica, o apólogo e o texto teatral. As demais formas não são estudadas no campo da Literatura,3 Porém, a essência da prosa literária está nas prosas de ficção: o conto, a novela e o romance.4 3

conto é um tipo de história mais curta, construído geralmente com um único conflito, com poucas personagens. A novela também é um tipo de história curta, que pode apresentar um ou mais conflitos (normalmente de tamanho intermediário entre o conto e o romance, com a particularidade de a novela ter um andamento mais episódico, dando a impressão de capítulos separados. Já o romance é um tipo de história onde há um conflito principal, prolongado com conflitos secundários, vindos dos painéis de época, das divagações filosóficas, da observação dos costumes e hábitos.

O tempo é um dos aspectos mais importantes da prosa de ficção.5 O tempo cronológico é específico do conto e da novela, embora possa ocorrer no romance linear. Já o tempo metafísico é característico do romance, e em especial, do romance introspectivo.6

Prosa poética

Roman Jakobsonpropôs o termo prosa poética.

O linguista Roman Jakobson define "poesia" a partir das funções da linguagem: "poesia" é o texto em que a função poética predomina sobre as demais. Assim, um texto escrito em forma de prosa pode ser considerado de "poesia", se sua função principal, sua finalidade, for poética. A tal texto pode-se dar o nome de prosa poética ou poesia em prosa. Pois é "prosa" em sua forma; mas "poesia" em sua função, em sua essência, nos sentimentos que transmite.

Historicamente, o marco de início da prosa poética é geralmente associado aos simbolistas franceses, entre os quais Baudelaire e Mallarmé; no Brasil esse início também está associado aos simbolistas, principalmente ao Poeta Negro: o grande Cruz e Sousa, que tem cinco obras em prosa poéticaTropos e Fantasias(1893); Missal (1893); Evocações (1898); Outras Evocações (obra póstuma) e Dispersos (obra póstuma).

A partir do século XX o gênero foi adotado por muitos poetas e poetisas, de estilos e inclinações muito diversos. A essas obras está reservado esse novo espaço, que já de saída inclui algumas obras de poetas como Cláudio Willer e José Geraldo Neres que já faziam parte de nosso acervo. Hoje apresentamos um novo poeta adepto desse gênero: Jorge Amaral.

História

Enquanto a poesia surgiu nos primórdios da atividade literária, a prosa desenvolve-se na Idade Média. A prosificação das canções de gesta deu origem às novelas. O romance surge no século XVIII e o conto desenvolve-se no fim da Idade Média e início do Renascimento. No entanto, há registros isolados anteriores, como o embrião de novela Ciropédia, de Xenofonte7 e o conto As Mil e Uma Noites.3

No Brasil

O romancista brasileiro José de Alencar

A prosa barroca no Brasil surge no século XVII, com a oratória dos jesuítas, tendo como nome central o Padre Antônio Vieira.8 No século XVIII, surgem os primeiros grêmios literários e eruditos, na Bahia e no Rio de Janeiro, denominados "academias".9 Surgem também os atos acadêmicos, sessões de várias horas em homenagem a pessoas ou a datas religiosas, compreendendo sermões, poemas e óperas.10 No século XIX, textos em prosa têm grande influência na história do país. Destacam-se os panfletos de Frei Caneca, condenado à morte pela participação na Confederação do Equador, e, principalmente, os ensaios de Hipólito da Costa emO Correio Braziliense contribuíram para a independência e as crônicas de Evaristo da Veiga na Aurora influenciaram a abdicação de Dom Pedro I.11 A prosa doModernismo inclui nomes como o de José de Alencar (O Guarani, romance de 1857), Álvares de Azevedo (Noite na Taverna, conto de 1855), Manuel Antônio de Almeida (Memórias de um Sargento de Milícias, de 1854) e Joaquim Manuel de Macedo (A Moreninha, romance de 1844).

Na África

O romancista angolano Castro Soromenho

Em Cabo Verde, a prosa literária antecedeu a poesia,12 e em Moçambique, o conto tem sido o gênero literário mais importante no período pós-independência,13 tendo Orlando Mendes como pioneiro no romance.14 Em Angola, a primeira novela surge com Alfredo Troni em 1882 (Ngá Mutúri), mas o primeiro romance tipicamente angolano é O Segredo da Morta (1929), de Assis Júnior.15 Destacam-se posteriormente Terra Morta (1949), deCastro Soromenho,16 e mais recentemente os autores Luandindo Vieira,17 Boaventura Cardoso,18 Manuel Rui19 e Ruy Duarte.20 Em Guiné-Bissau, destaca-se a prosa de Fausto Duarte,21 Abdulai Silla,22 Odete Semedo, Filinto de Barros.23

Referências

Bibliografia

 

 

 

Poema

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Poema é um gênero textual em versos e, mais raramente, em prosa em que a poesia, forma de expressão estética através da língua, geralmente se manifesta. Além dos versos, não obrigatoriamente, fazem parte da estrutura do poema as estrofes , a rima e a métrica.

Conforme a disposição dos versos e dos outros elementos estruturais, os poemas podem receber classificações ou nomes específicos (ou ser considerados gêneros literários próprios) tais como rapanha , haicai , poema-colagemsonetopoema dramáticopoema figuradoepopeia, etc.

Fortemente relacionado com a música, beleza e arte, o poema tem as suas raízes históricas nas letras de acompanhamento de peças musicais. Até a Idade Média, os poemas eram cantados. Só depois o texto foi separado do acompanhamento musical. Tal como na música, o ritmo tem uma grande importância.

Um poema também faz parte de um sarau (reuniões em casas particulares para expressar artes, canções, poemas, poesias etc).

Significado 

  • Poema: gênero textual em verso em que na maioria das vezes há poesia.
  • Poesia: são frases que emocionam, toca a sensibilidade e sugere emoções por meio de uma linguagem.

História do Poema :

Na Grécia Antiga o poema foi a forma predominante de literatura. Os três gêneros (líricodramático e épico) eram escritos em forma de poesia. A narrativa, entretanto, foi tomando importância, ficando a poesia mais relacionada com o gênero lírico.

A poesia tinha uma forma fixa: seus versos eram metrificados, isto é, observavam os acentos, a contagem silábica, o ritmo e as rimas. A contagem silábica dos versos foi sempre muito valorizada até o início do século XX quando a obra que não se encaixasse nas normas de metrificação não era considerada poesia. Isto mudou com a influência do Modernismo- movimento cultural, surgido na Europa que buscava ruptura com o classicismo. Atualmente o ritmo dos versos foi liberado e temos os chamados "versos livres" que não seguem nenhuma métrica.

Referências :

  • MÓISES, Massaud. Dicionário de termos literários. São Paulo: Cultrix, 2004.
  • COSTA, Sérgio R. Dicionário de gêneros textuais, Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
  • Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
  • LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Ática, 1986.
  • ESTUDOS, João C. , Minas Gerais : Belo Horizonte , 2001....

 

 

 

Poesia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

poesia, ou gênero lírico, é uma das sete artes tradicionais, pela qual a linguagem humana é utilizada com fins estéticos, ou seja, ela retrata algo em que tudo pode acontecer dependendo da imaginação do autor como a do leitor. "Poesia, segundo o modo de falar comum, quer dizer duas coisas. A arte, que a ensina, e a obra feita com a arte; a arte é a poesia, a obra poema, o poeta o artífice."1 O sentido da mensagem poética também pode ser", ainda que seja a forma estética a definir um texto como poético. A poesia compreende aspectos metafísicos e da possibilidade de esses elementos transcenderem ao mundo fático. Esse é o terreno que compete verdadeiramente ao poeta.2

Num contexto mais alargado, a poesia aparece também identificada com a própria arte, o que tem razão de ser já que qualquer arte é, também, uma forma de linguagem (ainda que, não necessariamente, verbal).

 

 

História

Trovadores: imagem do Cancioneiro da Ajuda, século XIII.
Wisława Szymborska (1923-2012), que recebeu o Prêmio Nobel de Literatura de 1996, foi umas das poetisas mais conhecidas do mundo.

A poesia como uma forma de arte pode ser anterior à escrita.3 Muitas obras antigas, desde os vedas indianos (1700-1200 a.C.) e os Gathas deZoroastro (1200-900 aC), até a Odisseia (800 - 675 a.C.), parecem ter sido compostas em forma poética para ajudar a memorização e a transmissão oral nas sociedades pré-históricas e antigas.4 A poesia aparece entre os primeiros registros da maioria das culturas letradas, com fragmentos poéticos encontrados em antigos monolitospedras rúnicas e estelas.

O poema épico mais antigo sobrevivente é a Epopeia de Gilgamesh, originado no terceiro milênio a.C. na Suméria (na Mesopotâmia, atual Iraque), que foi escrito em escrita cuneiforme em tabletes de argila e, posteriormente, papiro.5 Outras antigas poesias épicas incluem os épicos gregos Ilíada eOdisseia, os livros iranianos antigos Gathas Avesta e Yasna, o épico nacional romano Eneida, de Virgílio, e os épicos indianos Ramayana eMahabharata.

Os esforços dos pensadores antigos em determinar o que faz a poesia uma forma distinta, e o que distingue a poesia boa da má, resultou na "poética", o estudo da estética da poesia. Algumas sociedades antigas, como a chinesa através do Shi Jing (Clássico da Poesia), um dos Cinco Clássicos doconfucionismo, desenvolveu cânones de obras poéticas que tinham ritual bem como importância estética. Mais recentemente, estudiosos têm se esforçado para encontrar uma definição que possa abranger diferenças formais tão grandes como aquelas entre The Canterbury Tales de Geoffrey Chaucer e Oku no Hosomichi de Matsuo Basho, bem como as diferenças no contexto que abrangem a poesia religiosa Tanakhpoesia romântica e rap.6

O contexto pode ser essencial para a poética e para o desenvolvimento do gênero e da forma poética. Poesias que registram os eventos históricos emtermos épicos, como Gilgamesh ou o Shahnameh, de Ferdusi,7 serão necessariamente longas e narrativas, enquanto a poesia usada para propósitoslitúrgicos (hinossalmossuras e hadiths) é suscetível de ter um tom de inspiração, enquanto que elegia e tragédia são destinadas a invocar respostas emocionais profundas. Outros contextos incluem cantos gregorianos, o discurso formal ou diplomático,8 retórica e invectiva políticas,9 cantigas de rodaalegres e versos fantásticos, e até mesmo textos médicos.10

O historiador polonês de estética Władysław Tatarkiewicz, em um trabalho acadêmico sobre "O Conceito de Poesia", traça a evolução do que são na verdade dois conceitos de poesia. Tatarkiewicz assinala que o termo é aplicado a duas coisas distintas que, como o poeta Paul Valéry observou, "em um certo ponto encontram união. […] A poesia é uma arte baseada na linguagem. Mas a poesia também tem um significado mais geral […] que é difícil de definir, porque é menos determinado: a poesia expressa um certo estado da mente.11

Gêneros poéticos

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Poesia lírica recitada com a epígrafe Mar Salgado

Permitem uma classificação dos poemas conforme as suas características. Por exemplo, o poema épico é, geralmente, narrativo, de longa extensão, eloquente, abordando temas como a guerra ou outras situações extremas. Dentro do género épico, destaca-se a epopeia. Já o poema lírico pode ser muito curto, podendo querer apenas retratar um momento, um flash da vida, um instante emocional.

Poesia é a expressão de um sentimento, como por exemplo o amor. Vários poemas falam de amor. O poema, é o seu sentimento expressado em belas palavras, palavras que tocam a alma. Poesia é diferente de poema. O poema é a forma que se está escrito e a poesia é o que dá a emoção ao texto.

Licença poética

A poesia pode fazer uso da chamada licença poética, que é a permissão para extrapolar o uso da norma culta da língua, tomando a liberdade necessária para recorrer a recursos como o uso de palavras de baixo-calão, desvios da norma ortográfica que se aproximam mais da linguagem falada ou a utilização de figuras de estilo como a hipérbole ou outras que assumem o carácter "fingidor" da poesia, de acordo com a conhecida fórmula de Fernando Pessoa ("O poeta é um fingidor").

A matéria-prima do poeta é a palavra e, assim como o escultor extrai a forma de um bloco, o escritor tem toda a liberdade para manipular as palavras, mesmo que isso implique romper com as normas tradicionais da gramática. Limitar a poética às tradições de uma língua é não reconhecer, também, a volatilidade das falas.

Poesia contemporânea

poesia contemporânea está a ser produzida com palavras que pulam para “fora da página”. A nova corrente literária, que explora a plataforma da Web não apenas em termos de divulgação, mas também no que se refere à criação, tem chamado a atenção dos estudiosos. O professor Jorge Luís Antônio, autor do livro Poesia Digital: teoria, história, antologias, afirmou a um jornal brasileiro sobre esses artistas recentes: “Alguns fazem apresentações em público, na mesma linha dos dadaístas do Cabaret Voltaire, no começo do século XX. Outros fazem poesia ‘cíbrida’ [contração de ‘híbrido’ e ‘cibernético’], com uso de arte,design e tecnologia. O importante é que todos focam nos aspectos poéticos”.

Considerações semiológicas

A poesia digital é marcada pela natureza multimidiática. A palavra ganha novos valores ao interagir com recursos sonoros e de vídeo. Não raro é o uso da tridimensionalidade para efeitos de criação artística. Ela pode ser considerada resultado de negociações semióticas com a tecnologia; são elas a mediação, transmutação e intervenção. A mediação poeta-máquina possibilita a assimilação de neologismos e conceitos tecnológicos, ambos aplicados como temas e expressões poéticas. É quando o poeta realiza a semiose (no sentido peirciano) poesia-computador, tomando conhecimento do significado cultural da máquina, que passa a ter valor em sua arte verbal. Outro nível de mediação ocorre na mudança da função predominante da máquina – de pragmática, referencial e objetiva para poética. Isso se dá quando o poeta assimila a linguagem da máquina e intervém nela, lançando mão da criatividade de que dispõe.

Contexto histórico

A fundição de ferro em blocos, Herman Heyenbrock

A relação entre poesia e tecnologia assemelha-se a alguns conceitos da literatura na medida em que repete as teorias “imitativa” e “expressiva” da arte (o Realismo). A realidade interior e exterior é simulação para a tecnologia computacional e a expressão é uma recriação do mundo tecnológico através da arte da palavra. O tecnopoeta, ciente de tal tecnopólio, que é avassalador, encontra-se cercado de uma realidade tecnocentrista que se lhe serve como linguagem poética. Da mesma forma, o poeta romântico na Revolução Industrial criava um mundo subjetivo e idealizado como resposta à realidade extenuante da industrialização. A linguagem tecnológica se transforma em tecnopoética, sedo que a cultura não se rende à tecnologia, mas sofre a intervenção do poeta para fazer dela outra forma de comunicação.

Ver também

Referências

  1. Ir para cima ALMEIDA (sXVI) apud MUHANA, 2006
  2. Ir para cima ARISTÓTELES. Poética, IX-50
  3. Ir para cima Muitos estudiosos, particularmente aqueles que pesquisaram a tradição homérica e os épicos orais dos Balcãs, sugerem que a escrita antiga mostra traços nítidos de velhas tradições orais poéticas, incluindo o uso de frases repetidas como blocos construídos em grandes unidades poéticas. Uma forma rítmica e repetitiva poderia fazer uma longa história mais fácil de ser lembrada e recontada, antes da escrita estar disponível como uma ajuda para a memória.
  4. Ir para cima Para uma breve discussão recente, ver Frederick Ahl and Hannah M. Roisman. The Odyssey Re-Formed. Ithaca, New York: Cornell University Press, (1996), p. 1–26, ISBN 0-8014-8335-2. Outros sugerem que a poesia não necessariamente precedeu a escrita. Veja, por exemplo, Jack Goody. The Interface Between the Written and the Oral. Cambridge, England: Cambridge University Press, (1987), p. 98, ISBN 0-521-33794-1
  5. Ir para cima N.K. Sanders (Trans.). The Epic of Gilgamesh. London, England: Penguin Books, edição revisada (1972), p. 7–8
  6. Ir para cima Ver, por exemplo, Grandmaster Flash and the Furious Five. "The Message", Sugar Hill, (1982).
  7. Ir para cima Abolqasem Ferdowsi (Dick Davis, Trans.). Shahnameh: The Persian Book of Kings. New York, New York: Viking, (2006), ISBN 0-670-03485-1
  8. Ir para cima Por exemplo, no mundo árabe, a diplomacia foi muito executada através da forma poética, no século XVI. Veja Natalie Zemon Davis. Trickster's Travels. Hill & Wang, (2006), ISBN 0-8090-9435-5
  9. Ir para cima Exemplos de invectiva política incluem poesia difamatória e o epigramas de Marcial e Catulo
  10. Ir para cima Na Grécia Antiga, trabalhos médicos e acadêmicos muitas vezes eram escritos em forma de métricas. Um milênio e meio depois, muitos dos textos médicos de Avicena foram escritas em versos.
  11. Ir para cima Władysław Tatarkiewicz, "The Concept of Poetry, " Dialectics and Humanism, vol. II, nº 2 (primavera de 1975), p. 13

Bibliografia

  • ALMEIDA, Manuel Pires de (1597-1655). Discurso sobre o poema heróico. Manuscrito depositado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (Lisboa), cota: Casa do Cadaval, vol.1, fls.629-37.
  • ANTONIO, J. LUIZ. Poesia Digital: teoria, história, antologias. São Paulo: Navegar Editora, FAPESP e Luna Bisonts Prods, 2011.
  • AQUILES, MÁRCIO. Novos poetas pulam para fora da página. Folha de S. Paulo, São Paulo, E3, 17 de setembro de 2011.
  • HANSEN, João Adolfo. Alegoria: construção e interpretação da metáfora. São Paulo: Atual, 1986.

 

 

Poesia, Poemas, Versos – Qual a diferença? O que é poesia? E poema? E verso? E estrofe?


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Versos, poesias, poemas – Qual a diferença entre os conceitos?  

  • O que é verso?
  • O que é poesia?
  • O que é poema?
  • Qual a diferença entre poema e poesia?

Questões complexas muito perguntadas na internet, pelo que tenho reparado. Vou tentar responder abaixo, aproveitando para tentar explicar um pouco mais outros conceitos relevantes relacionados que podem esclarecer outras dúvidas:

  • Poema - é a obra (texto) em verso, poema é a organização, estrutura das palavras. Existe por si mesmo, independente de quem o lê.
  • Poesia - é a qualidade poética de um texto ou obra de arte ou situação. Pode haver poesia num por de sol, por exemplo. Está em quem a sente. Filosoficamente, ela não pode existir por si mesma, independentemente de alguém que a sinta.
  • Verso - é cada linha de um poema. Também é chamado verso a forma de escrita que não é prosa.
  • Estrofe - é cada uma das seções que constituem um poema. Isto é, cada agrupamento de versos, separadas por uma linha em branco.

OBS.: Poesia e poema também podem ser considerados sinônimos. Leia as citações abaixo:

“Se o poema é um objeto empírico e se a poesia é uma substância imaterial, é que o primeiro tem uma existência concreta e a segunda não. Ou seja: o poema, depois de criado, existe per si, em si mesmo, ao alcance de qualquer leitor, mas a poesia só existe em outro ser: primariamente, naqueles onde ela se encrava e se manifesta de modo originário, oferecendo-se à percepção objetiva de qualquer indivíduo; secundariamente, no espírito do indivíduo que a capta desses seres e tenta (ou não) objetivá-la num poema; terciariamente, no próprio poema resultante desse trabalho objetivador do indivíduo-poeta.” (LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Ática, 1986.)

“Poesia: Caráter do que emociona, toca a sensibilidade. Sugerir emoções por meio de uma linguagem.” (Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. RJ: Nova Fronteira, 1993.)

Com isso, cabe dizer também que não acho muito importante definir. Definir é limitar… E, como bem disse Quintana, “A poesia não se entrega a quem a define.” Esse pensamento pode ser complementado por esta bela definição de Yang Wang-Li (tradução livre minha): “O que é poesia? Se você diz que é uma questão de palavras, eu lhe digo que um bom poeta vai além das palavras. Se você diz que é uma questão de significado, eu lhe digo que um bom poeta vai além do significado.”

poesias poemas versos

 

OBS.: Estrofes podem ser classificadas pelo número de versos:

  • 1 verso – Monóstico
  • 2 versos – Dístico
  • 3 versos – Terceto
  • 4 versos – Quarteto ou quadra
  • 5 versos – Quintilha
  • 6 versos – Sextilha
  • 7 versos – Septilha
  • 8 versos – Oitava
  • 9 versos – Nona
  • 10 versos – Décima
  • Mais de 10 versos – Estrofe irregular

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Um pouco de História

Fortemente relacionada com a música, beleza e arte, a poesia tem as suas raízes históricas nas letras de acompanhamento de peças musicais. Até a Idade Média, eram cantadas. Só depois é que o texto foi separado do acompanhamento musical. Tal como na música, o ritmo tem uma grande importância.

Na Grécia Antiga, foi a forma predominante de literatura. Os três gêneros (lírico, dramático e épico) eram escritos em forma de poemas. A narrativa, entretanto, foi tomando importância, ficando a poesia mais relacionada com o gênero lírico.

A poesia tinha uma forma fixa: seus versos eram metrificados, isto é, observavam os acentos, a contagem silábica, o ritmo e as rimas. A contagem silábica dos versos foi sempre muito valorizada até o início do século XX. Quando a obra que não se encaixasse nas normas de metrificação não era considerada poesia. Isto mudou com a influência do Modernismo- movimento cultural, surgido na Europa que buscava ruptura com o classicismo. Atualmente (principalmente depois do modernismo e da semana de arte moderna) o ritmo dos versos foi liberado e temos os chamados “versos livres” que não seguem nenhuma métrica.
Referências:
Minidicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1993.
LYRA, Pedro. Conceito de Poesia. São Paulo: Ática, 1986.
(Adaptado com correções da Wikipedia)